Rua da Quintinha
- Luis Graça
- 14 de nov. de 2017
- 1 min de leitura
Revejo dentro de mim…
cantos que já não existem.
Casas que não existem…
mesmo assim reconheço todos e cada recanto
Onde fui feliz…
onde fui magoado na minha alma
Essas casas estão tão vivas como eu…
apesar de já não existirem…
permanecerão intactas enquanto…
a recordação delas me açoitar.
Permanecem em pé… na minha memória.
Tão vivas como quem nelas habitava
Quem tratava de mim…
quem me amava…
por vezes de maneira muito estranha.
Como os amei!
Ainda hoje os amo…
sempre que uso o “álbum“ de recordações da minha memória.
Onde nada acaba, nada termina…
por vezes parece que nada começou e nada terminou…
nem o círculo se completou.
Apesar de o mundo ser redondo…
criamos as vidas em paralelas…
que prosseguem longas.
Caminhos que nunca se tocam…
aproximam-se mas não se tocam.
Alguns cruzam-se e ao cruzar constroem histórias de amor.
No fim… tudo estará como antes.
Todos estarão como antes.
Todos estaremos uns com os outros…
enquanto a nossa memória não os for roubada!
Luis Fernando Graça
14.11.17

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