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Réquiem para um moribundo mental…


Podias ter feito, e… não fizeste.

Podias ter ajudado, e… não ajudaste.

Podias ter sorrido, e… não sorriste.

Podias ter observado, e… não observaste.

Podias ter contribuído, e… não contribuíste.

Podias ter vivido, e… não viveste…

Podias ter viajado, e... não viajaste.

Podias ter amado, e… não amaste.

Podias ter sido feliz, e… não foste.

Podias ter mudado o mundo, e… não mudaste.

Podias ter sido o que quisesses, e… não quiseste.

Agora… querias acabar, e… a Vida não te deixa.

Existe um espaço horrível de pensamento

Um espaço que é um “Réquiem” para qualquer ser humano.

Esse espaço mental chama-se…”Podia”

Volta todas as noites e tem uma latitude de finitude quando deitas a cabeça na almofada, vais durante algum tempo, enquanto o sono não vem…ao “Podia “desse dia. Relembrar tristemente a tua impotência… que é só tua… a desculpa mental para não arriscares nada e continuares a praguejar contra o mundo e contra todos que nada fazem por ti. E por lá adormeces.

Amanhã vais voltar a fazer o mesmo e vais culpar tudo e todos pela tua incapacidade de mudar, ver, amar, acabar viajar, contribuir, observar, sentir, fazer e até na derradeira acção de… morrer. Podias ter feito tudo ao contrário??? Podias sim… mas na terra do “Podia”… só existe inercia. Nunca irás encontrar ajuda num espaço mental chamado “Podia”… tu e todos os que lá permanecem… são chamados… os “Podíamos”…

Ainda estás a tempo de abandonar este “réquiem”. Faz as malas, carrega a bagagem, despede-te do vazio que te encurrala diariamente contra a parede e muda-te, muda-te para o “Fazer”, vem sozinho, não esperes por ninguém, nem por nenhuma ajuda… os outros… os bons… os inteligentes…. estão eles próprios no “Fazer”… se quiseres ajuda… é no “Fazer” que a encontras… vai… corre… deixa tudo para trás.. vem mudar, ver, amar, acabar viajar, contribuir, observar, sentir, ajudar…. Viver…. Mas muda para outro espaço mental de vida abundante… chamado “Fazer”. Agora sim, as coisas vão acontecer… a ti e aos outros “Fazemos”.

Vai tudo correr bem? Não, às vezes corre mal, porque aqui fazem-se coisas… experimenta-se, evolui-se, ama-se, cresce-se, faz-se, ajuda-se, observa-se, age-se …. E para correr bem… por vezes… corre muitas vezes mal, mas… a isso chama-se VIVER, que é uma experiencia fabulosa.

Viver é um verbo de transição… mas sobretudo… de ligação, só o verbo morrer pode acabar com ela… mas muito cuidado… não se deixem enganar…. mudem de atitude… o verbo morrer também é um verbo de movimento. E pior do que morrer… é viver…. Morto.

Luís Fernando Graça

13.11.17


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